Myanmar é a última fronteira do turismo alternativo na Ásia. Tem a Coréia do Norte, mas não há muita graça em passar frio perambulando por edifícos comunistas, vigiado por um tipo de óculos de garrafas e uma queda especial por conhaque Hennessy. E, claro, o turismo de guerra no Iraque e no Afeganistão. Mas isso é outra história.
Bagan fica na região oeste de Myanmar e é sua principal atração turística. Um complexo de mais de 800 templos budistas, muitos deles datando do século XI. Pedalar pelas estradinhas de terra entre os templos, escolher o seu preferido, subir no teto e observar os lavradores cultivando a terra, com seus velhos arados puxados por bois é o que faz o dia a dia do turista em Bagan especial. Um convite a contemplação. O pôr do sol é um espetáculo à parte. Os inúmeros templos à contra luz, o rio calmo no fundo, a plácida cadeia de montanhas pontuando o horizonte. Uma fina poeira vai subindo, dando um tom alaranjado a paisagem.
Aos poucos a fina poeira vai se adensando, com a objetiva da camera já podemos ver os ônibus chegando, como hordas saídas dos desertos de Mad Max, o templo vai sendo tomado por turistas alemães e franceses, vindos da Tailândia para uma day trip em Bagan. Sobem exaustas as escadarias íngremes, avançam, procuram os melhores lugares. Suas cameras disparam flashes, eles falam alto, riem, consomem os souvernirs para encanto dos locais. O sol se põe e eles voltam para os seus ônibus.
Myanmar era a última fronteira do turismo alternativo da Ásia.
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