No último dia de campanha eleitoral na França, os diários “de esquerda” fizeram sua opção pela candidata socialista Ségolène Royal. Ela não é entusiasmante e foi o medo de uma repetição da derrocada que levou Jean-Marie Le Pen ao segundo turno na últimas eleições que fez dela a preferida da esquerda francesa.
Ségolène comete gafes incríveis, faz confusões com dados, agride o idioma e não é lá tão bonita assim. Seu discurso na noite em que confirmou a ida para o segundo turno foi entediante. Mostrou um sorriso limitado como suas idéias. Ao terminar com o clássico “vive la Republique, vive la France!” não sabia o que fazer, ficou estática até sair do púlpito com andar hesitante.
Ainda assim esse blog apóia a candidatura de Ségolène, fato que pode mudar totalmente o quadro eleitoral na França. É mulher, representaria o retorno efetivo dos simpáticos socialistas franceses ao poder e, sobretudo, a expectativa sobre seu governo será baixíssima. Ao contrário de Tony Blair, que chegou à 10 Downing Street com a aura de boa nova e revelou-se um fiasco, Ségolène com seu jeitão de azarona insossa terá em suas mãos um momento político único para reinventar a França. Isso é pura intuição, um chute mesmo. Quem viver verá.