Honk Kong, segundo andar

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HONG KONG A China em Hong Kong acontece nos segundos andares. Lavanderias, casas de massagem, escritórios enfumaçados, médicos. O dia a dia de Hong Kong é subir escadas, dobrar corredores apertados empurrando portas para ao passado.

Na rua, a vida gira ao redor do consumo. Jovens fazendo figuração de video clip, ingleses de gola rolê e seus associados novos ricos chineses, cabelo comprimido de gel, circulam por restaurantes caros. Eles frequentam os predios envidraçados enquanto nos becos e quebradas, trabalhadores e velhos sorvem seus baldes de noddles com cha frio. Os habitantes dos segundos – e terceiros – andares ficam com os noddles no beco.
Bairro após bairro lojas famosas – solenes no Brasil com seus seguranças de terno – convivem com bugigangas de esquina ao som da língua silabada e seus acentos deslocando-se entre as pequenas pausas.