A Guerra Civil Espanhola foi um dos conflitos mais emblemáticos do século XX. De certa maneira, a batalha intelectual da Espanha anteveu o que viria a ser o conflito ideológico da Guerra Fria. O próprio conceito de “direita” e “esquerda” tem hoje mais a ver com o que aconteceu na Espanha do que o acontecido na Revolução Francesa, de onde se originou essa divisão.
Não custa lembrar que a Espanha dos anos 30 não era a proto-potência de hoje. A parte grandes centros urbanos, como Madrid e Barcelona, tratava-se de uma grande fazenda no meio do velho continente, de passado heróico e futuro pouco alvissareiro.
As forças de matiz intelectual em luta, dividiram famílias, terras e instituições, e atraiiram a atenção do mundo, num espaço ideológico que talvez só tenha sido ocupado pela Revoluação Cubana, 20 anos depois, já com a Guerra Fria a pleno vapor e uma então divisão do mundo mais clara, entre comunistas e capitalistas.
Foram muitos jornalistas, artistas e intelectuais que criaram obras com o intuito de discutir a amplitude e a repercussão do evento, o que proporciona um campo fértil para a discussão de temas contemporâneos, tais como: o papel da cultura na política, fotojornalismo arte e resistência, o cinema contemporâneo, movimentos sociais e a esquerda como proposta política, dentre outros.