Palmeiras e Flamengo fazem o espetáculo mais bonito do futebol brasileiro. O contraste do verde, finalmente escuro, da jaqueta palestrina com a listas rubro-negras do uniforne infelizmente não mais a lá Rondinelli do time carioca é estéticamente perfeito. Nenhum outro embate no futebol brasileiro, cuica do mundo , tem essa paleta de cores.
Não é nada não é nada, raramente uma partida entre as duas equipes é ruim. De meu lado, lembro do fantástico 4 a 1 em pleno Maracanã em 1979. Ou a magistral virada alviverde no Parque Antártica, em 1999.
Os times de São Paulo e do Rio tem suas similaridades. Flamengo e Corinthians, os times populares, Vasco e Palmeiras, os identificados com colônias, Fluminense e São Paulo, o pó de arroz e Botafogo e Santos, representando, sei lá, os bons tempos. E porque não dizer, Bangu e Portuguesa levando o troféu Simpatia. De todas as combinações afinal, o verde maciço do Palmeiras destoa na preferência pelo preto, branco e vermelho. Ok, a Lusa e o Flu usam o verde, mas são, na verdade, tricolores. O choque alvi-verde x rubro-negro é único.
Isso para dizer do bom jogo ontem no Palestra Itália lotado. Equilibrada e rápida, a partida careceu de mais gols para coroar a qualidade do futebol. O resultado no entanto foi justo e o Palmeiras, nesse embolado campeonato brasileiro, vai confirmando sua condição de favorito, mesmo ainda fora do G4. O elenco à disposição de Luxemburgo é o melhor do Brasil. Num campeonato de oito meses será fundamental manter-se a não mais do que 4 pontos do líder, para garantir a arrancada final, a partir da segunda metado do segundo turno. Na base do chute, arrisco que os quatro primeiros serão Palmeiras, São Paulo, Cruzeiro e Internacional.