A Universidade Metodista do Sul, em Dallas, irá abrigar a Biblioteca George W. Bush. É uma tradição desde Frank Roosevelt ex-presidentes estadunidenses construírem algo homenagem à sua passagem pelo poder. A biblioteca de W. Bush custará 500 milhões de dólares e será feita pelo arquiteto Robert Stern, reitor da faculdade de arquitetura. Bush poderia ter escolhido fazer um monumento ou um memorial para guardar presentes e documentos, como fez Sarney. Supreendentemente escolheu uma biblioteca. Não me parece ser ele um grande leitor. Não por ser conservador e criacionista. Muitos conservadores, e até criacionistas, são dedicados aos livros. No caso de W. Bush, um campo de golfe seria mais adequado.
The Chronicle Review, é uma revista de uma instituição dedicada a apoiar professores e gestores de faculdades e universidades nos EUA. Seu sitio na internet tem mais de 12 milhões de páginas visitadas e 1 milhão de visitantes únicos por mês. The Chronicle pegou carona na polêmica sobre a construção da Biblioteca W. Bush, considerada o futuro alvo preferencial para terroristas e, portanto, contra-indicada para um campus universitário, e promoveu um concurso imaginário de “Bibliotecas Bush”.
Como mostra o videozinho preparado pelos organizadores da contenda, cujo prêmio principal era um iPod, as sugestões vão desde sérios e imponentes prédios envidraçados até brincadeiras com bunkers obscurantistas construídos nas valas dos K.I.A. da era W. Bush. Há também um grande número de privadas estilizadas.
Meu preferido é esse bunker com jeito de ogiva atômica, que inclui um “Hall do Petróleo “, dedicado à Dick Cheney, e um “Anfiteatro de Tortura” chamado “We do not torture”, além de um sala onde se pode ouvir qualquer telefonema nos EUA.
Veja mais idéias brilhantes para guardar os livros de W. Bush, o segundo.
Em tempo: W. Bush é um homem de muitos defeitos. Foi um jovem alcoolizado, converteu-se num fanático religioso, parece confortável no papel de fantoche neocom. Entrará para história disputando o posto de pior presidente dos EUA, junto com Jimmy Carter (uma injustiça) e Warren G. Harding (um presidente por acaso). Mas W. Bush tem uma virtude. Talvez por suas limitações intelectuais, não demonstra vaidades quando confrontado com as críticas. Ao contrário, no final das contas, ter sido presidente já foi uma experiência grande demais para se preocupar com essa história de fracasso. E, sobretudo, W. Bush sabe rir de si mesmo, uma virtude inconstestável. Abaixo, numa confraternização com jornalistas que cobrem a Casa Branca, W. Bush esbanja bom humor, senso de pausa, roteiro inteligente e raro talento para o stand up comedy. Tem mais futuro que muito ex-presidentes por aí. (Em inglês).
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